Plano de Aula: Lateralidade do Teclado (Ensino Fundamental 1) – 1º Ano

A proposta deste plano de aula é abordar a lateralidade do teclado de forma inclusiva e acessível para um aluno cego do 1º ano do Ensino Fundamental. O plano tem como objetivo não apenas ensinar a localização das teclas, mas também desenvolver a percepção táctil e a coordenação motora fina, essenciais para a aprendizagem de instrumentos de escrita, como o teclado. Este planejamento é pensado para oferecer um ambiente de aprendizagem dinâmico e agradável, respeitando o ritmo e as necessidades do aluno.

Com a utilização de técnicas de ensino diversificadas e com foco na prática, esperamos que o aluno aprenda a reconhecer a disposição do teclado, e ao mesmo tempo, sinta-se confortável e confiante em suas habilidades. A atividade proposta visa estimular outros sentidos na aprendizagem, integrando o uso do tato de maneira lúdica e envolvente.

Tema: Lateralidade do Teclado
Duração: 1 hora
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 8 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a percepção tátil e a identificação das teclas do teclado, promovendo a lateralidade e a coordenação motora do aluno cego.

Objetivos Específicos:

– Identificar a posição das letras no teclado de forma orientada por toques.
– Praticar a digitação de palavras simples para exercitar a lateralidade.
– Melhorar a coordenação motora fina através de exercícios de digitação.

Habilidades BNCC:

(EF01LP10) Nomear as letras do alfabeto e recitá-lo na ordem das letras.
(EF01LP12) Reconhecer a separação das palavras na escrita, por espaços em branco.
(EF01MA11) Descrever a localização de pessoas e de objetos no espaço em relação à sua própria posição, utilizando termos como à direita, à esquerda.

Materiais Necessários:

– Teclado adaptado com relevo nas teclas ou adesivos em braile.
– Fichas com palavras simples.
– Aparelho de som ou computador com software de leitura de tela.
– Algodão ou outro material macio para exercícios de movimento das mãos.

Situações Problema:

Como o aluno pode identificar as teclas do teclado sem a visão? De que forma podemos auxiliar na aprendizagem da digitação através do tato?

Contextualização:

A lateralidade se refere ao uso dos dois lados do corpo e é fundamental na aprendizagem do modo de utilizar o teclado. Neste plano de aula, a lateralidade é explorada através de atividades práticas que envolvem o toque, a audição e o movimento.

Desenvolvimento:

1. Apresentação inicial: O professor deve falar brevemente sobre a importância da lateralidade e como isso nos ajuda a utilizar ferramentas, como o teclado.
2. Exploração do teclado: Usando um teclado adaptado, o aluno será incentivado a passar a mão pelo teclado, identificando a disposição das teclas. O professor pode convidá-lo a tocar e sentir as teclas com relevo e oferecer feedback tátil sobre cada tecla.
3. Jogos de movimentos com as mãos: Com a ajuda de algodão, o aluno pode praticar movimentos de subir e descer, representando as teclas “para cima, para baixo, à direita” e “à esquerda”.
4. Atividade de digitação: O aluno receberá fichas com palavras simples, que ele deve tentar digitar. O professor acompanhará e auxiliará, registrando o progresso.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Jogo das Teclas
Objetivo: Aprender a reconhecer as teclas do teclado.
Descrição: O professor irá falar o nome de uma tecla, e o aluno deverá encontrar essa tecla tateando.
Materiais: Teclado adaptado.
Instruções para o professor: Faça a leitura das teclas de maneira clara e tranquilizadora.

Atividade 2: Digitação de palavras**
Objetivo: Digitar palavras simples.
Descrição: O aluno tentará digitar sua própria nome e como é caracterizado na sala de aula usando as teclas.
Materiais: Fichas com palavras simples.
Instruções para o professor: Dê suporte com o toque e com a audição, garantindo que ele reconhece os sons que realiza.

Atividade 3: Memória tátil do teclado**
Objetivo: Estimular a memória tátil.
Descrição: O aluno deverá memorizar a posição de 3 teclas diferentes antes de cobrir a visão, e depois terá que encontrá-las.
Materiais: Teclado adaptado.
Instruções para o professor: Reforce a verbalização das localizações.

Discussão em Grupo:

– Quais sensações você teve ao tocar as teclas?
– Você consegue identificar as teclas que com mais facilidade? E as que você teve mais dificuldade?

Perguntas:

– Como você se sente ao utilizar o teclado?
– Quais letras parecem mais fáceis de encontrar?
– O que ajudou você a encontrar as letras?

Avaliação:

Avaliação contínua através da observação do desenvolvimentos nas atividades propostas. A participação na discussão em grupo e a capacidade do aluno de reconhecer e identificar as teclas serão as principais formas de avaliar.

Encerramento:

Reiterar a importância da prática e encorajar o aluno a continuar explorando o teclado em casa ou em situações de aprendizagem vocacionais. Perguntar se ele se sente mais confortável com o uso do teclado do que antes.

Dicas:

1. Utilize sempre que possível o recurso do feedback tátil, incentivando o uso de almofadas ou esponjas.
2. Crie um ambiente seguro para que o aluno se sinta à vontade para explorar as teclas.
3. Promova a interação social com coleguinhas, o que pode enriquecer a experiência de aprendizagem.

Texto sobre o tema:

A lateralidade é uma habilidade essencial que envolve o conhecimento e a utilização dos lados do corpo de forma coordenada. No contexto de um teclado, essa questão se acentua, uma vez que cada teclado possui uma disposição específica de letras que exige o uso de ambos os lados das mãos. Para os alunos com deficiência visual, o reconhecimento dessa disposição ocorre através do tato, o que torna o uso do teclado uma atividade rica em possibilidades de aprendizagem. O teclado, em sua estrutura, demanda um aprendizado que vai além da simples memorização; envolve uma prática continuada e gradual.

O impossível para muitos se transforma em uma oportunidade de aprendizagem quando se oferece suporte adaptado e sensível às necessidades do aluno. Utilizar um teclado com relevo ou braille pode facilitar o reconhecimento das letras, tornando o ato de digitar mais confortável e acessível, criando assim um ambiente que favorece o desenvolvimento da autonomia do aluno.

Além disso, é importante cultivar um prazer nesse processo de exploração. Ao se colocar o teclado como uma ferramenta que se precisa aprender a utilizar, abre-se um leque de experiências e de habilidades que são fundamentais para um letramento completo na era digital. As possibilidades são infinitas, variando de práticas simples, como a digitação de seu nome, a atividades mais complexas, como a produção de pequenos textos.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre lateralidade do teclado pode se desdobrar em diversas frentes, reforçando habilidades essenciais em áreas como a comunicação e a interação social. Um primeiro desdobramento pode levar à criação de um projeto interdisciplinar, onde diferentes áreas, como artes e tecnologia, se unem para enriquecer a experiência do aluno. Através da integração de experiências artísticas no uso do teclado, como a criação de músicas ou gravações, pode-se expandir não apenas as capacidades táteis, mas também a criatividade do aluno.

Outro desdobramento interessante é a introdução de práticas de ensino colaborativo, onde o aluno com deficiência visual pode interagir com seus colegas, desenvolvendo uma rede de apoio que fomente não só a aprendizagem, mas também a empatia e a inclusão. Essa interação é fundamental para romper barreiras e para a construção de um ambiente escolar mais diverso e respeitoso.

Por fim, é possível trabalhar a autonomia do aluno através de atividades de autoavaliação, onde ele pode refletir sobre suas capacidades e progressos. Essas práticas estimulam o desenvolvimento da autoestima e da confiança, fatores cruciais para a formação de um indivíduo crítico e participativo na sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor esteja sempre atento às necessidades e respostas do aluno durante a aula. A utilização de métodos adaptativos pode fazer toda a diferença no aprendizado de um estudante cego. Certifique-se de manter um clima acolhedor e respeitoso, permitindo que o aluno se expresse livremente e que possa relatar as dificuldades enfrentadas. O suporte emocional e motivacional é tão importante quanto as questões técnicas ensinadas.

Refletir sobre o objetivo de cada atividade ajuda a manter o foco no que realmente importa: a aprendizagem integral do aluno. Não hesite em reavaliar as atividades propostas e ajustá-las conforme necessário para que cada estudante tenha a oportunidade de explorar suas habilidades.

Por último, mantenha sempre a comunicação em aberto com o aluno e, se possível, com os pais ou responsáveis. O feedback deles pode oferecer insumos valiosos para melhorar a experiência de aprendizagem e refinar o plano conforme as necessidades individuais.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teclado Sensacional – Faça uma corrida para ver quem encontra a tecla “A” mais rápido enquanto os alunos mantêm os olhos fechados.
2. Palavras na Ponta dos Dedos – Crie um jogo onde os alunos devem soletrar palavras tocando apenas as letras correspondentes no teclado, com auxílio de um colega.
3. Música com Teclas – Usar um teclado sonoro onde os alunos tocam diferentes teclas em um ritmo específico, desenvolvendo a identificação das teclas com diferentes sons.
4. Mensagem Secreta – Propor que os alunos criem uma mensagem escondida digitando suas frases favoritas. Eles devem se ajudar para que os colegas descubram a frase através de toques e sons.
5. Caça aos Sons – Criar uma atividade onde cada tecla toca um som, e os alunos devem encontrar a letra que corresponde ao som que o professor emite utilizando o teclado.

A atividade lúdica não só proporciona conhecimento na lateralidade do teclado, mas também aproxima os alunos, promovendo interação e colaboração.

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