“7 Questões sobre a Influência da Cultura Grega no Renascimento”

Questões sobre: Da cultura grega ao Renascimento?

📚 Área: Ciências Humanas

🎓 Nível: 6º Ano – Ensino Fundamental II

📊 Quantidade: 7 questões

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

📝 Tipos: Múltipla escolha

📅 Data de Criação: 25/08/2025

Questões de Avaliação – Cultura Grega e Renascimento

Introdução

A cultura grega e o Renascimento são temas fundamentais para compreendermos a evolução do pensamento e da arte ocidental. O estudo desses períodos nos permite refletir sobre a influência duradoura que a Grécia Antiga exerceu na formação de valores estéticos e filosóficos ao longo da história. Ao analisarmos as obras de arte e as ideias que emergiram nessas épocas, podemos entender como a beleza e a harmonia foram idealizadas e reinterpretadas ao longo do tempo.

Este conjunto de questões foi elaborado para avaliar a compreensão do texto sobre a cultura grega e sua influência no Renascimento. As questões abordam temas como a idealização da beleza, a música e a importância das descobertas gregas na arte e na ciência, promovendo uma reflexão crítica sobre esses assuntos.

TEXTO BASE

Título: Da cultura grega ao Renascimento? Nossa vida está repleta da cultura grega, mas nem sempre percebemos. Os gregos (aproximadamente) foram tão importantes que, ao longo de toda a história da cultura ocidental, foram referência e influência para muitas culturas. Podemos citar como um dos exemplos mais importantes o movimento cultural chamado Renascimento, que começou na Itália e depois se espalhou pela Europa entre os séculos XIV e XVI. A cultura renascentista influenciou outras culturas, que, por sua vez, influenciaram outras depois delas. Desse modo, a cultura grega nunca é esquecida até os dias atuais. Os Jogos Olímpicos que conhecemos nasceram de um festival grego feito para homenagear, por meio de competições esportivas, os deuses do Olimpo. São os mesmos deuses da mitologia grega que hoje inspiram livros e filmes, como os de Percy Jackson, e jogos, como God of War.

As construções arquitetônicas – como na Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos – assim como o teatro, a música, a filosofia, dentre outras áreas do conhecimento. Até mesmo a fotografia, uma descoberta tecnológica, deve-se aos gregos: é deles a primeira ideia de uma imagem que se projeta dentro de uma caixa escura.

A beleza era um conceito muito importante para os gregos. Por diversas vezes foi tema de reflexão dos filósofos em seus textos, pois era diretamente associada à ideia do que era bom e verdadeiro. O belo na arte chegou a ter até mesmo uma teoria matemática para ser determinado por uma medida. Você consegue imaginar uma medida para a beleza? Observe a figura do Discóbolo, de Míron, um escultor grego do século V a.C. Nessa escultura, observa-se a representação de um atleta que parece estar prestes a girar seu corpo e lançar um disco. Repare como seu físico está sendo mostrado, com músculos bem definidos, de maneira que podemos ver muito bem cada parte em que eles aparecem. Perceba também que, apesar dos esforços que o atleta deve fazer para lançar o disco à maior distância possível, o esportista esculpido por Míron mostra-se com expressão serena em um corpo tão bem posicionado que mais parece um modelo posando para uma fotografia. Essa maneira de retratar alguém chama-se idealização. Os artistas gregos buscavam retratar pessoas e figuras mitológicas de maneira idealizada, partindo de seus conceitos mais profundos de beleza e harmonia.

Por volta de mil anos depois, entre os séculos XIV e XVI d.C., no Renascimento, artistas italianos decidiram resgatar a cultura e os valores da Grécia Antiga e passaram a trabalhar em suas obras artísticas da mesma forma que os gregos, dentre outros objetivos, buscando essa beleza idealizada.

No relato bíblico, Davi, um simples adolescente, está prestes a lutar contra Golias, campeão do exército, que ameaçava escravizar seu povo. A situação é tensa, pois Golias, além de soldado experiente, é um gigante. Em sua opinião, o Davi esculpido por Michelangelo parece tenso ou amedrontado? Pode-se perceber que o artista valorizou o corpo do personagem bíblico, em pose harmoniosa, como se fosse um príncipe ou um campeão olímpico, características típicas de uma imagem idealizada. Ao retratar rostos e corpos femininos, os artistas gregos buscavam também essa “medida” da beleza, que aplicavam ao criar, por exemplo, rostos simétricos, com um perfil de nariz considerado o ideal.

A pintura mais famosa do Renascimento, no entanto, não é o retrato de uma deusa nem de uma santa, mas de uma mulher comum, chamada Lisa del Giocondo, mais conhecida como Mona Lisa. Como estamos refletindo sobre a beleza, observe: a figura de Mona Lisa parece-se com as mulheres que você vê em seu cotidiano? Observe bem e veja que ela não tem sobrancelhas, o que acentua sua ampla testa. Sabemos que essas referências não são comuns hoje em dia, mas esse aspecto exterior era comum e visto como belo na época. Será que, assim como na Grécia Antiga e no Renascimento, pensamos em uma “medida” para a beleza? Compartilhe suas ideias com os colegas e o professor. Mesmo atualmente, existem questionamentos a respeito de nos basearmos em padrões como os da Grécia Antiga para definir aquilo que achamos belo. A atriz Michelle Pfeiffer, por exemplo, teve seu rosto analisado por um estudo e considerado como um dos mais belos do mundo, por causa da grande simetria que apresenta entre seus traços. Será, entretanto, esse fator suficiente para determinar que seu rosto é o mais belo do mundo? Somente rostos perfeitamente simétricos são belos? Compartilhe suas ideias com os colegas e o professor. Na verdade, os padrões de beleza mudam com o tempo e de acordo com o contexto social. Hoje em dia, por exemplo, não é comum pessoas buscarem a beleza raspando as sobrancelhas para ficar com a testa mais larga, como a da Mona Lisa. Em algumas culturas, porém, isso ainda é considerado um fator de beleza. Os indígenas Xavantes, por exemplo, raspam a sobrancelha e tiram os cílios.

Música desde o dia em que as notas foram “inventadas”. Você já parou para pensar em como são compostas as músicas que você ouve? Provavelmente você já conheça as notas musicais. Mas sabe como e quando elas foram criadas? Pitágoras, filósofo e matemático grego que viveu na Grécia, entre os séculos V e VI a.C., fez experiências sonoras que o levaram a descobrir uma divisão para as notas musicais. Para isso, ele construiu uma espécie de instrumento musical, chamado monocórdio, que consistia em uma única corda esticada sobre uma caixa comprida de madeira.

Pitágoras tocou a corda, depois dividiu-a pela metade e a tocou novamente. Desse modo, ele percebeu que o som (ou a nota) era o mesmo, só que mais agudo – o que hoje chamamos de “uma oitava acima”. Começou, então, a fazer novas divisões da corda – um terço, dois terços etc. – e, então, descobriu outras notas musicais, que soavam de acordo com a relação de tamanho da corda. Com base na descoberta dessas notas, foram formadas as escalas musicais, como a que mais conhecemos: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.

Questões

1. Qual é a principal influência da cultura grega mencionada no texto?

Dificuldade: Difícil

Habilidades/competências avaliadas: Interpretação de texto, análise crítica.

  1. A música e a dança na Grécia Antiga.
  2. O surgimento do Cristianismo na Europa.
  3. O movimento cultural do Renascimento.
  4. A Revolução Industrial.
  5. O desenvolvimento da fotografia.

2. O que caracteriza a idealização na arte grega, segundo o texto?

Dificuldade: Difícil

Habilidades/competências avaliadas: Compreensão estética, interpretação de conceitos.

  1. A representação de figuras históricas com roupas modernas.
  2. A busca por retratar pessoas de forma realista, sem idealizações.
  3. A representação de figuras mitológicas e atletas com harmonia e beleza.
  4. A inclusão de elementos contemporâneos nas obras.
  5. A ênfase na cor e na textura das esculturas.

3. Segundo o texto, qual foi uma das contribuições de Pitágoras para a música?

Dificuldade: Difícil

Habilidades/competências avaliadas: Conhecimento sobre a história da música, habilidade de síntese.

  1. A criação de instrumentos musicais de percussão.
  2. A descoberta das escalas musicais através de divisões da corda.
  3. A invenção de novas notas musicais.
  4. A popularização da música entre os jovens.
  5. A introdução da música nas escolas.

4. O que a escultura de Davi, feita por Michelangelo, revela sobre o conceito de beleza segundo o texto?

Dificuldade: Difícil

Habilidades/competências avaliadas: Análise crítica, interpretação de obras de arte.

  1. Que a beleza deve ser representada de forma exagerada.
  2. Que a beleza é uma questão de opinião pessoal.
  3. Que a beleza idealizada é marcada por harmonia e proporção.
  4. Que a beleza é irrelevante na arte.
  5. Que a beleza deve ser acessível a todos.

5. Como a beleza era percebida na Grécia Antiga, de acordo com o texto?

Dificuldade: Difícil

Habilidades/competências avaliadas: Compreensão de conceitos históricos, análise crítica.

  1. Como algo superficial e sem importância.
  2. Como uma representação de riqueza e poder.
  3. Como uma medida matemática associada ao que era bom e verdadeiro.
  4. Como um conceito em constante mudança.
  5. Como um aspecto exclusivo da mitologia.

6. O que o texto sugere sobre a evolução dos padrões de beleza ao longo do tempo?

Dificuldade: Difícil

Habilidades/competências avaliadas: Interpretação de texto, reflexão sobre normas sociais.

  1. Que os padrões de beleza permanecem sempre os mesmos.
  2. Que a beleza é universal e atemporal.
  3. Que os padrões de beleza mudam com o tempo e o contexto social.
  4. Que a beleza deve ser medida apenas pela simetria.
  5. Que a beleza não tem relação com a cultura.

7. Como a obra “Mona Lisa” desafia a ideia de beleza idealizada, segundo o texto?

Dificuldade: Difícil

Habilidades/competências avaliadas: Análise crítica, interpretação artística.

  1. Por retratar uma deusa mitológica como símbolo da beleza.
  2. Por não seguir os padrões de beleza da época, como a ausência de sobrancelhas.
  3. Por ser uma pintura de grandes dimensões.
  4. Por mostrar uma mulher em uma pose ativa.
  5. Por ser uma obra de arte moderna.

Gabarito Comentado

1. C – O movimento cultural do Renascimento resgatou a cultura grega e é uma das principais influências mencionadas no texto.

2. C – A idealização na arte grega é caracterizada pela busca de harmonia e beleza nas representações.

3. B – Pitágoras contribuiu para a música ao descobrir escalas musicais através de divisões da corda.

4. C – A escultura de Davi revela que a beleza idealizada é marcada por harmonia e proporção.

5. C – A beleza na Grécia Antiga era percebida como uma medida matemática associada ao que era bom e verdadeiro.

6. C – O texto sugere que os padrões de beleza mudam com o tempo e o contexto social.

7. B – “Mona Lisa” desafia a ideia de beleza idealizada por não seguir os padrões da época, como a ausência de sobrancelhas.



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