“7 Questões Desafiadoras sobre Verossimilhança na Arte”

Questões sobre: Verossimilhança na Arte

📚 Área: Ciências Humanas

🎓 Nível: 7º Ano – Ensino Fundamental II

📊 Quantidade: 7 questões

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

📝 Tipos: Múltipla escolha

📅 Data de Criação: 25/08/2025

Questões de Avaliação – Verossimilhança na Arte

Questões de Avaliação – Verossimilhança na Arte

Este conjunto de questões busca avaliar a compreensão dos alunos sobre o tema da verossimilhança na arte, desde a Grécia Antiga até a arte hiper-realista. As perguntas foram elaboradas para estimular a reflexão crítica e a interpretação de texto, de forma a aprofundar o conhecimento dos estudantes sobre as diferentes abordagens artísticas ao longo da história.

TEXTO BASE

Título: Verossimilhança na Arte

Na Grécia Antiga, alguns filósofos desenvolveram pensamentos interessantes sobre a verossimilhança na arte. Para isso, utilizaram o conceito da mimese (ou mimesis, em grego), que, de uma maneira simplificada, é a ação de imitar a realidade percebida pelos sentidos. No contato com o corpo humano, por exemplo, nossa visão enxerga cada parte de sua estrutura, e nosso tato identifica a textura que envolve cada um desses detalhes (pele, unhas, cabelo etc.). Quando um escultor grego queria transpor essas sensações para uma rocha como o mármore – material totalmente diferente do corpo humano – buscava, ao máximo, imitar o que sentia ao ver uma pessoa e tocar nela.

Quando vemos uma escultura como a desta página, não temos dúvida de que ela representa a figura humana tal qual nossos olhos a sentem. Isso é fruto da capacidade de imitação do artista.

Muitos biólogos, por exemplo, desenhavam – e alguns até hoje desenham – o objeto de estudo, de maneira a aprender com seus detalhes. Você sabia que na história da Biologia há muitos artistas? Para Aristóteles, então, a arte como mimese tinha valor. Em seus escritos reunidos e nomeados como Poética, ele não falou especificamente das artes visuais, mas principalmente das artes literárias. Seus conceitos, porém, são tão abrangentes que ainda hoje são utilizados para refletir sobre as demais linguagens artísticas, até mesmo aquelas que nem existiam em seu tempo, como o cinema.

ARTE HIPER-REALISTA

No Egito Antigo, para que os faraós pudessem ser reconhecidos no mundo dos mortos, a arte precisava seguir regras muito objetivas de representação. O público para o qual as artes eram feitas não eram os humanos mortais e suas percepções, mas deuses e deusas.

Na Idade Média, as representações de figuras divinas não deviam se parecer muito com os seres humanos, para evitar que fossem confundidas. Afinal, essas figuras eram seres superiores e não meros mortais feitos de carne e osso. As imagens adiante se parecem com a realidade (percebida pela visão) para você? Em uma escala de zero a dez, como você as classificaria quanto a esse quesito?

No período barroco, tivemos um ápice de verossimilhança nas artes visuais: os artistas buscavam fazer representações da maneira mais fiel à realidade, incluindo detalhes do que era considerado “imperfeição” na visão idealizada do período anterior, como rugas e expressões grotescas. Depois do período barroco (séculos XVII e XVIII), a pintura seguiu caminhos para as representações verossimilhantes e miméticas, já que era o único recurso existente para se retratar algo ou alguém. Entretanto, após a invenção da fotografia, no século XIX, isso se modificou, e a mimese na pintura passou a contar com características nunca antes exploradas, como a ideia de se representar a rápida impressão da visão sobre as coisas, sem a preocupação de se enganarem os olhos ao esconder pinceladas e camadas de tinta.

A criatividade dos artistas não tem limites e, por isso, a fotografia serviu também como inspiração para uma arte que a imita: a arte hiper-realista. Ela surgiu como continuação do fotorrealismo. Esse último movimento nasceu nos anos 1960, nos Estados Unidos, buscando responder às críticas da arte moderna, de que o realismo nas pinturas seria anacrônico – pois a fotografia já existia para retratar a realidade. O fotorrealismo afirmava uma arte realista, mas atual, já que dependia da tecnologia da fotografia para existir – as pinturas eram feitas com base nelas. Além disso, a arte fotorrealista – e depois a hiper-realista – utiliza temas contemporâneos, muitas vezes ligados às cidades urbanas e suas tecnologias, o que também reforçaria a ideia de que é uma arte em consonância com a atualidade.

Há pouca diferença entre o fotorrealismo e o hiper-realismo, chegando ao ponto de serem considerados, por algumas pessoas, o mesmo movimento. O que pode diferenciá-los é o fato de o hiper-realismo contar com tecnologias mais avançadas e, por isso, acabar sendo mais detalhista.

Questões

  1. Qual é o principal conceito discutido por filósofos da Grécia Antiga em relação à arte?
    A) A originalidade na criação artística.
    B) A imitação da realidade percebida pelos sentidos.
    C) A representação simbólica dos sentimentos humanos.
    D) A abstração como forma de expressão.
    E) A estética da beleza ideal.
    Dificuldade: Difícil
  2. Segundo Aristóteles, a arte como mimese possui que tipo de valor?
    A) Um valor puramente estético.
    B) Um valor utilitário e prático.
    C) Um valor filosófico e reflexivo.
    D) Um valor moral e ético.
    E) Um valor exclusivo para as artes visuais.
    Dificuldade: Difícil
  3. Qual era o objetivo das representações artísticas no Egito Antigo?
    A) Expressar emoções humanas.
    B) Representar deuses e deusas de forma idealizada.
    C) Garantir o reconhecimento dos faraós no além.
    D) Refletir a vida cotidiana dos mortais.
    E) Mostrar a superioridade dos humanos sobre os deuses.
    Dificuldade: Difícil
  4. O que caracteriza a arte hiper-realista em relação ao fotorrealismo?
    A) A ausência de elementos contemporâneos.
    B) O uso de técnicas tradicionais sem tecnologia.
    C) O detalhamento e o uso de tecnologias mais avançadas.
    D) A representação de sentimentos e emoções.
    E) A busca por temas históricos e mitológicos.
    Dificuldade: Difícil
  5. Na Idade Média, as representações de figuras divinas eram feitas de que maneira para não confundirem-se com seres humanos?
    A) Eram idealizadas como seres humanos.
    B) Eram estilizadas e simplificadas.
    C) Eram retratadas em situações cotidianas.
    D) Eram exageradas e caricaturais.
    E) Eram feitas com cores vibrantes.
    Dificuldade: Difícil
  6. O que a arte barroca buscava destacar em suas representações?
    A) A beleza idealizada e perfeita.
    B) A simplicidade e a harmonia.
    C) A verossimilhança e detalhes considerados “imperfeitos”.
    D) A abstração e a expressão emocional.
    E) A crítica social e política.
    Dificuldade: Difícil
  7. Como a invenção da fotografia influenciou a pintura depois do século XIX?
    A) Fez com que a pintura deixasse de existir.
    B) Tornou a pintura mais abstrata e subjetiva.
    C) Permitindo explorar novas características na representação visual.
    D) Incentivou a volta ao realismo idealizado.
    E) Aumentou a importância das representações históricas.
    Dificuldade: Difícil

Gabarito

  1. B
  2. C
  3. C
  4. C
  5. B
  6. C
  7. C


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