“5 Questões Desafiadoras sobre Migrações e Refugiados”

TEXTO BASE

Título: Migrações

Algumas delas são chamadas de refugiadas, ou seja, pessoas que são obrigadas a deixar seus países de origem (ou de residência) em razão de conflitos armados e/ou perseguições por motivos políticos, étnicos e/ou religiosos, ou por causa de uma situação grave de violação de direitos humanos. Outras pessoas, por razões semelhantes às dos refugiados, mas que se deslocam dentro de seus países de origem/residência, são denominadas deslocadas internas. Milhões de pessoas no mundo vivem, atualmente, na condição de refugiados ou deslocados internos. Deslocar-se, nesse contexto, é uma questão de sobrevivência. Outro motivo que também leva as pessoas a se deslocarem é a busca por melhores condições de vida, ou seja, melhores oportunidades e condições de trabalho (como no caso de alguém que consegue uma vaga de emprego em outra cidade, estado ou país).

Segundo estimativa das Nações Unidas, mais de 1 bilhão de pessoas – um em cada sete habitantes do planeta hoje – estão deixando sua terra, migrando dentro do próprio país ou através de fronteiras internacionais. Milhões fogem da violência: guerra, perseguição, criminalidade, caos político. Muitos mais, sufocados pela pobreza, buscam o sustento além de seus horizontes. Nas raízes desse colossal êxodo recente, estão um sistema de mercado globalizado que destroça as redes de segurança social, um clima desestabilizado por poluição e anseios humanos excitados pela mídia instantânea. Em números, essa é, de longe, a maior diáspora na longa história da nossa espécie.

“A Guerra da Síria é um dos principais exemplos quando pensamos em populações forçadas a se deslocar por sobrevivência. Muitos dos refugiados da Guerra da Síria iniciam sua trajetória de fuga para países próximos, como a Turquia e o Líbano, onde recebem ajuda humanitária. Alguns países europeus também passaram a receber pessoas nessas condições. A onda migratória de refugiados foi tão grande que alguns países de destino tiveram dificuldade em absorver tantas pessoas, o que gerou crises internas.

Uma das consequências que têm sido vistas na Europa é o aumento de discursos xenofóbicos. Xenofobia “é o sentimento de aversão, desconfiança, medo, antipatia, rejeição em relação ao estrangeiro, ao que vem de outro país, ao que vem de fora. O sentimento de xenofobia se manifesta em atitudes discriminatórias e, muitas vezes, violentas, tanto verbais como físicas e psicológicas contra migrantes. Abordagens xenófobas também podem ser encontradas em políticas adotadas por países que buscam restringir fluxos migratórios”.

A xenofobia costuma ser praticada por pessoas com medo: medo de perder a identidade da sociedade em que vivem, medo de os refugiados ocuparem postos de trabalho que supostamente seriam dos habitantes nativos do país anfitrião – aquele que recebe refugiados –, ou por outros motivos. Independentemente de sua origem, a xenofobia é um problema grave, pois, em muitos casos, gera violência contra refugiados e a violação de seus direitos humanos fundamentais. Nesse sentido, é importante lembrar que refugiados são pessoas que não tiveram opção para sobreviver a não ser deixar suas casas, seus países de origem. A incorporação de refugiados na sociedade de cada país anfitrião é fundamental. Portanto, é também essencial que os cidadãos desse país exercitem a empatia em relação a essas pessoas que foram obrigadas a se deslocar.