“5 Questões de Filosofias da História para o 7º Ano”

Questões sobre: Filosofias da História

📚 Área: Ciências Humanas

🎓 Nível: 7º Ano – Ensino Fundamental II

📊 Quantidade: 5 questões

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

📝 Tipos: Múltipla escolha

📅 Data de Criação: 26/08/2025

Questões de Avaliação – Filosofias da História

Introdução

A avaliação do aprendizado dos alunos é uma parte fundamental do processo educativo. Compreender as diferentes filosofias que moldaram o pensamento histórico é essencial para que os estudantes desenvolvam um pensamento crítico e analítico sobre a história da humanidade. As questões a seguir foram elaboradas para testar o conhecimento dos alunos sobre as ideias de pensadores como Agostinho de Hipona e Immanuel Kant, além de promover reflexões sobre os conceitos de cidade celeste e cidade dos homens.

As questões propostas são voltadas para o 7º ano do Ensino Fundamental II e abordam conceitos fundamentais das ciências humanas, proporcionando um desafio que estimula o raciocínio e a compreensão crítica dos alunos sobre a história e suas interpretações filosóficas. A seguir, apresentamos o texto base de referência, seguido das questões de avaliação.

TEXTO BASE

Título: Filosofias da História
Agostinho de Hipona (354-430), intelectual que influencia profundamente o pensamento filosófico medieval, apresenta uma concepção cristã da história da humanidade. Em seu livro A Cidade de Deus, destaca-se o contraste entre a cidade celeste, na qual prevalece o amor a Deus e a obediência completa aos seus mandamentos, e a cidade dos homens, onde os seres humanos valorizam o amor a si mesmos em detrimento do amor ao Criador.

Esse conflito entre cidade celeste e cidade dos homens tem seu início no pecado original e estabelece, segundo Agostinho, o curso histórico da humanidade. Nessa perspectiva, a história desenvolve-se segundo um plano divino que determina como destino a salvação humana por intermédio da fé e a reconciliação da humanidade com o Criador, no triunfo definitivo da cidade celeste sobre a cidade dos homens. Rossano Pecoraro escreve a respeito da filosofia cristã da história:

O que caracteriza, então, a cultura filosófica iluminista do século XVIII? O pensamento iluminista defende a capacidade humana de conhecer e organizar o mundo com base nos critérios da razão. Assim, a postura iluminista rejeita todas as formas de autoridades política, religiosa e cultural que não sejam justificadas de maneira racional. O filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), em seu texto O que é esclarecimento?, define o Iluminismo como o movimento de superação da menoridade humana, isto é, de conquista da maioridade pelos seres humanos.

Assim como no pensamento cristão medieval Deus conduz a história humana à sua finalidade, na concepção filosófica iluminista a razão direciona a história da humanidade à sua meta; paralelamente, a expectativa da humanidade considerada civilizada – porque atingiu o progresso – é uma espécie de versão moderna do desejo de se alcançar o paraíso. Tanto na filosofia cristã quanto nas filosofias iluministas, há um sentido antecipadamente definido na história das sociedades, isto é, na história universal.

Immanuel Kant (1724-1804), Auguste Comte (1798-1857) e Friedrich Hegel (1770-1831) são alguns dos intelectuais que teorizaram, de forma sistemática, a história universal. Mesmo apresentando algumas diferenças e particularidades entre si, eles explicam a história como um processo racional, orientado para o progresso. Essas interpretações constituem as intituladas filosofias clássicas da história. No próximo módulo, abordaremos as teses de Kant a respeito do tema e, na sequência, as críticas que essas concepções filosóficas da história receberam.

Kant: a natureza e a história universal

Qual é o pressuposto da filosofia kantiana da história? Para Kant, a natureza concede aos seres humanos determinadas capacidades, que se desenvolvem adequadamente durante a história da humanidade, ou seja, a história humana obedece a um plano da natureza. Há, então, um plano prescrito pela natureza para a história universal, uma programação que se cumpre sem que os indivíduos e as sociedades humanas tenham consciência dela. As ações humanas ao longo da história, motivadas, aparentemente, apenas por interesses individuais e de grupos sociais, são a realização do objetivo natural que está contido no movimento histórico da humanidade.

Questões de Avaliação

  1. Qual é a principal diferença entre a cidade celeste e a cidade dos homens, segundo Agostinho de Hipona?
    A) A cidade celeste é governada por regras humanas, enquanto a cidade dos homens é regida por leis divinas.
    B) A cidade celeste valoriza o amor a Deus, enquanto a cidade dos homens prioriza o amor a si mesmo.
    C) A cidade celeste é eterna, enquanto a cidade dos homens é temporária.
    D) A cidade celeste é composta apenas por seres humanos, enquanto a cidade dos homens inclui também seres sobrenaturais.
    E) A cidade celeste é uma construção física, enquanto a cidade dos homens é um conceito abstrato.
    Dificuldade: Difícil
    Habilidades Avaliadas: Análise e Compreensão de Conceitos Filosóficos
  2. Como Kant define o Iluminismo em seu texto “O que é esclarecimento”?
    A) Como a rejeição total da religião.
    B) Como a conquista da maioridade pelos seres humanos.
    C) Como um movimento de busca pela felicidade.
    D) Como a aceitação das autoridades tradicionais.
    E) Como um retrocesso nas relações sociais.
    Dificuldade: Difícil
    Habilidades Avaliadas: Compreensão de Ideias Filosóficas
  3. Qual é o papel da razão na filosofia iluminista em comparação com a visão cristã da história?
    A) A razão é vista como uma ferramenta para entender o amor a Deus.
    B) A razão dirige a história para o progresso, enquanto a visão cristã considera a fé como guia.
    C) Ambas as visões consideram a razão irrelevante.
    D) A razão é um conceito criado pelos filósofos cristãos.
    E) A razão é uma forma de controle social na visão iluminista.
    Dificuldade: Difícil
    Habilidades Avaliadas: Comparação de Ideias Filosóficas
  4. De acordo com Kant, o que caracteriza o progresso da história da humanidade?
    A) A consciência plena dos indivíduos sobre suas ações.
    B) A realização de um plano divino que não depende dos humanos.
    C) O desenvolvimento das capacidades humanas, conforme um plano da natureza.
    D) A luta constante entre diferentes grupos sociais.
    E) A busca por riquezas e poder.
    Dificuldade: Difícil
    Habilidades Avaliadas: Compreensão e Interpretação de Propostas Filosóficas
  5. Quais pensadores são mencionados como representantes das filosofias clássicas da história?
    A) Karl Marx, Friedrich Nietzsche e John Locke.
    B) Agostinho de Hipona, Platão e Aristóteles.
    C) Immanuel Kant, Auguste Comte e Friedrich Hegel.
    D) Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau e David Hume.
    E) Sócrates, Epicuro e Santo Agostinho.
    Dificuldade: Difícil
    Habilidades Avaliadas: Reconhecimento de Influências Filosóficas

Gabarito Comentado

  1. Resposta Correta: B
    Justificativa: A cidade celeste é caracterizada pelo amor a Deus, enquanto a cidade dos homens coloca o amor próprio em primeiro lugar. Os outros distratores abordam aspectos que não refletem a essência do contraste apresentado por Agostinho.
  2. Resposta Correta: B
    Justificativa: Kant define o Iluminismo como a superação da menoridade humana, referindo-se à conquista da autonomia e do uso da razão. As demais opções não representam a definição que ele apresenta.
  3. Resposta Correta: B
    Justificativa: Kant argumenta que a razão dirige a história em busca do progresso, enquanto a visão cristã valoriza a fé como guia. As outras opções abordam conceitos que não se aplicam diretamente à comparação entre as duas visões.
  4. Resposta Correta: C
    Justificativa: Kant acredita que o progresso da história está ligado ao desenvolvimento das capacidades humanas dentro de um plano natural. As alternativas A, B, D e E não refletem a proposta de Kant.
  5. Resposta Correta: C
    Justificativa: Kant, Comte e Hegel são citados como teóricos que sistematizaram a história universal. As outras opções incluem filósofos que não se alinham com as filosofias clássicas da história mencionadas no texto.


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